quinta-feira, 21 de janeiro de 2010


Nitrato de Amyl:

O Nitrato de Amyl é conhecido pelos seus consumidores pelas denominações poppers, rush ou liquid gold. É um líquido amarelado, altamente inflamável, que é geralmente vendido em garrafas pequenas. O seu consumo é feito por inalação de vapores através de uma garrafa pequena ou tubo, por vezes em conjunto com outras drogas como o ecstasy.
Tem uma acção psicadélica e provoca relaxamento dos músculos lisos e vasodilatação.
O nitrato de amyl foi descoberto durante o século XIX. Em 1857, Brunton fez a administração do nitrato por inalação e observou a diminuição da dor em 30 ou 60 segundos. Em 1879, William Murrell encontrou semelhanças entre a acção desta substância e a da nitroglicerina, pelo que a primeira começou a cair em desuso. Nos anos 80, o nitrato de amyl começou a ser usado de forma não terapêutica devido aos seus efeitos psicadélicos

Mescalina:
A mescalina é um alucinogéneo forte extraído do cacto Peyote. Apresenta-se sob a forma de pó branco, que é geralmente consumido por via oral (mastigado ou por infusão) ou, ocasionalmente, injectado.

Esta substância tem propriedades antibióticas e analgésicas. Instala-se em receptores cerebrais provocando alterações de consciência e percepção, principalmente a nível visual.

LSD:
O LSD, também chamado de ácido, pills, cones ou trips é uma droga com acção alucinogénia ou psicadélica. A dietilamida do ácido lisérgico é sintetizada clandestinamente a partir da cravagem de um fungo do centeio (Claviceps purpúrea).
Pode apresentar a forma de barras, cápsulas, tiras de gelatina, micropontos ou folhas de papel secante (como selos ou autocolantes), sendo que uma dose média é de 50 a 75 microgramas. É consumido por via oral, absorção sub-lingual, injectada ou inalada.
Esta substância age sobre os sistemas neurotransmissores seratononérgicos e dopaminérgicos. Para além disso, inibe a actividade dos neurónios do rafe (importantes a nível visual e sensorial).

Não são conhecidas utilizações terapêuticas desta substância.

Ketamina:
A ketamina é um poderoso anestésico dissociativo que se encontra sob a forma de pó branco, líquido ou tablete e que é consumido por via oral, inalada ou injectada. A sua posse não é ilegal, dado que é prescrita por médicos.

A K ou special K, como é chamada pelos seus consumidores, é uma droga psicadélica derivada da fenciclidina. Parece deprimir selectivamente a função normal de associação do córtex e tálamo, aumentando a actividade do sistema límbico e produzindo um efeito analgésico e amnésico.
A ketamina foi produzida em 1965 pelos laboratórios Parke & Davis como um anestésico para uso humano (cirurgias) e, principalmente, veterinário. Foi utilizada no Vietnam para diminuir a dor dos feridos.
Começou a ter funções recreativas nos anos 70, muito associado à cultura Gay, sendo depois integrada nos contextos de festas rave.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


Inalante:
Inalante designa toda a substância passível de ser inalada, isto é, introduzida no organismo através da aspiração pelo nariz ou boca. Os inalantes são geralmente solventes. Estes são substâncias que têm a capacidade de dissolver outro produto e costumam ser bastante voláteis (evaporam-se com facilidade, daí a facilidade da sua inalação) e inflamáveis. Existem diversas substâncias que podem ser inaladas. As mais usuais são produtos químicos de uso doméstico como aerossóis, gasolina, colas, esmaltes, tintas, vernizes, acetonas, éter ou ambientadores.

A forma mais comum de inalação consiste em colocar o produto num saco de plástico e ajustar a abertura do saco à volta da boca e do nariz para ser conseguida a aspiração dos vapores. É também possível embeber um pedaço de tecido com um produto, de forma a ser aspirado pelo nariz ou colocar a substância num recipiente metálico, sob o qual é aplicada uma fonte de calor para facilitar a libertação de vapores.

Estas substâncias são facilmente absorvidas pelo organismo e actuam a nível da estimulação dos receptores GABA ou fluidificação das membranas neuronais. São consideradas drogas alucinogéneas e depressoras.

Heroína:
Esta substância é um opiáceo, sendo, por isso, produzida a partir da papoila (de onde é extraído o ópio), que é transformada em morfina e mais tarde em heroína. Os principais produtores de papoila são o México, Turquia, China, Índia e os países do chamado Triângulo Dourado (Birmânia, Laos e Tailândia).

Este alcalóide tem uma acção depressora do sistema nervoso. É comercializada em pó, geralmente castanho ou branco (quando pura) de sabor amargo. Foi, durante muito tempo, administrada por via intravenosa, mas o aparecimento da SIDA e os efeitos devastadores que esta teve nos heroinómanos, levou à procura de novas formas de consumo. Actualmente, opta-se também por fumar ou aspirar os vapores libertados pelo seu aquecimento. No entanto, a preparação de uma injecção de heroína continua a ser um ritual, do qual fazem parte a colher e o limão.

A heroína é frequentemente misturada com outras drogas como a cocaína ("speedball"), de forma tornar os efeitos de ambas mais intensos e duradouros.

Os opiáceos actuam sobre receptores cerebrais específicos localizados no sistema límbico, na massa cinzenta, na espinal medula e em algumas estruturas periféricas. A morfina, um dos principais componentes da heroína é responsável pelos seus mais salientes efeitos. Funciona como um analgésico poderoso e abranda o funcionamento do Sistema Nervoso Central e da respiração.

GHB:
O Gama-Hidroxybutyrate ou GHB, é um químico depressor também com acção psicadélica. É encontrado em garrafas pequenas sob a forma de líquido um pouco mais espesso do que a água, incolor (embora possa ser tingido de qualquer cor), sem cheiro e um pouco salgado. Quando agitado, cria bolhinhas. Embora seja menos vulgar, pode ainda apresentar a forma de cápsulas ou pó. É geralmente consumido por via oral ou injectado.

Esta substância é produzida a partir do seu precursor, o gamma-butyrolactone ou GBL, que é um solvente encontrado em produtos de limpeza do chão, verniz para unhas, entre outros.

O GHB deprime o Sistema Nervoso produzindo efeitos anestésicos e sedativos.